Apê, o iluminado

Uma coisa eu tenho que admitir, se não fosse meu namorido-fofo-super-demais esse apê não teria ficado com metade do bom gosto que ficou. Sério, gente, as melhores idéias foram dele. Tenho que dar o braço a torcer.
A iluminação, por exemplo, nunca teria me passado pela cabeça fazer os rebaixos e colocar luzes indiretas e embutidas. Mas, pra minha sorte, o apê não é só meu e o Dado deu pitaco nessa parte também. Vamos mostrar agora o que fizemos em relação à iluminação do nosso cafofo.
Comecemos pela sala. Pensamos, primeiro, em colocar trilhos no teto, mas não queríamos luz dicroica, o que dificultou um bocado nossa busca. Acabamos encontrando trilhos para luzes convencionais, mas cada spot só aguentava uma lâmpada de 60W. Chegamos a comprar o trilho e os spots, mas não funcionou. A sala ficou escura. Voltamos na loja e trocamos o trilho pelo paflon da foto abaixo.


Esse paflon comporta até 6 lâmpadas frias, cada uma equivalendo a uma lâmpada normal de 110W. Virou dia na nossa sala! Perfeito! Até porque, quando quisermos criar um clima, podemos fazer uso da nossa super iluminação de revista de arquitetura. Vejam abaixo:

Aqui temos 4 lâmpadas dicroica de 20W e uma mangueira de luz acima da prateleira de gesso, fazendo iluminação indireta.

Nosso hall de entrada também ficou super iluminado. Colocamos 2 lâmpadas par 20, que esquentam um pouquinho, mas tem uma luz super bonita e com desenho bacana.


A cozinha com suas paredes vermelhas também mereceu uma iluminação especial. Além de dois paflons embutidos no centro, espalhamos spots de dicroica pelos cantos, pra criar os focos de luz no vermelhão.

Luz central

Spots de dicroica - 20W cada

Agora vejam como conseguimos criar um clima maneiríssimo ligando apenas as luzes dicroica da sala e da cozinha:


No quarto, além da luz central (ainda não escolhemos a luminária) repetimos a dose da sala, colocando luzes dicroica de 20W na prateleira de gesso sobre a cama e no cachimbo.


O lavabo e o banheiro ganharam, além das luzes de centro, luzes embutidas próximas aos espelhos (ou melhor, onde ficarão os espelhos). No banheiro também colocamos dois spots dentro do box. O vendedor nos garantiu que esses spots protegiam a luz da umidade.

Paflon embutido no lavabo.

Spots próximos à parede onde ficará o espelho do lavabo.

Luz central e spots no banheiro

Spots no box

E fez-se a luz!!!

Fixação de pedras com massa plástica

Uma das coisas que acabou ficando pro final da obra foi a colocação de pedras de silestone pra fazer uma espécie de nicho na bancada do banheiro.
Nossa idéia inicial era fazer um buraco na parede acima da bancada da pia, ao lado de onde ficará o espelho. Nesse buraco, faríamos um nicho com prateleiras. Seria uma espécie de estante dentro da parede. Tivemos que mudar nossa estratégia depois que encontramos alguns canos passando justamente atrás da parede que queríamos furar. Optamos, então, por fazer o mesmo nicho, só que pra fora. Como uma estante mesmo. Mas o banheiro ficou pronto e o tal nicho ficou pro final. Sobrou para a dupla dinâmica Claudio Pintor e Biboca da Parafuseta.

Nossa missão: fixar essas duas pedras na vertical, ao lado da pia.

Pra fixar melhor as pedras, o Claudio fez 2 rasgos no teto de gesso, onde entraríamos com um pedacinho do topo delas. Pra colocá-la retinha de cima abaixo, medimos a distância entre a pedra e a lateral do azulejo. Fizemos isso na sua base e depois próximo ao teto. As pedras seriam presas à parede com massa plástica. A tal que seca rapidinho e é super chata de limpar. Medimos as distâncias, colocamos a primeira pedra no lugar e deixamos tudo preparado. Em seguida afastamos a pedra da parede e entupimos rapidamente o vão entre parede e pedra com a massa. Quando encostamos a pedra na parede e a massa começou a sair pelos lados, foi aquela correria pra limpar tudo. Um melê só! Depois de muita luta pra tirar o excesso de massa dos azulejos e limpar tudo direitinho, partimos para a colocação da segunda “parede” do nosso nicho.
Foi então, que o senhor Claudio Pintor me veio com a seguinte tirada: “Geralmente não é assim que o pessoal prende essas coisas com massa, não. Eles costumam colocar a massa só em alguns pontos, pra fixá-la e depois de seca preenchem o restante com cimento branco ou rejunte.”
Aí eu pergunto: Por que é que ele não disse isso antes??? Muito mais fácil, muito mais limpo!
Usamos essa nova tática e a colocação da segunda pedra foi mil vezes mais rápida e eficiente!

Massa plástica colocada apenas em alguns pontos para fixar.

Dias depois, o próprio Claudio encheu os buracos com cimento branco e ficou tudo certo. E lindo!

Prontinho!

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Obs.: Respondendo à pergunta do nosso leitor, Flyner Portugal, entre as pedras vamos colocar prateleiras de vidro. Faremos o mesmo no vão azul ali do lado esquerdo da bancada.

Ponto final

Gente, mil desculpas pelo sumiço e total abandono do blog. Final de obra, trabalho novo, mil coisas acontecendo. Mas a melhor notícia desse período turbulento é: A OBRA ACABOU!!!!!!

Sério, gente! Dá pra acreditar? Acabou, it´s over, c'est fini, è finita, ist fertig. A-CA-BOU!!!

Dia desses cheguei lá e pra minha surpresa, o entulho da sala tinha sumido! Era o ponto final da obra! Que alívio! Fiquei horas olhando pras paredes, passando a vassoura, deixando a ficha cair. Que delícia!

Só tenho uma coisa a dizer pra todos que estão passando pelo perrengue que passamos reformando o apê: Vale à pena! Cada centavo, cada fio de cabelo arrancado, cada minuto estressante. Mesmo que não fique exatamente do jeito que você imaginou, o resultado é sempre gratificante!!!

E pra vocês sentirem um pouco do gostinho que eu tive, uma foto da nossa salinha limpa!


Mas fiquem tranqüilos. Ainda vamos escrever muito sobre os finalmentes da obra e dar muitas dicas.

Mão na massa - parte 2

Enquanto o apê estava na fase final de pintura, sempre surgia uma ou outra coisa pra ajeitar, remendar, ajustar. Como eu já estava sem saco de chamar o pedreiro, que só aparecia quando queria, resolvi que continuaria colocando a mão na massa e faria um trabalho de equipe com o pintor. Detalhe, todo pintor acaba sacando de reforma. Como eles sempre entram no final da obra, sempre sobra alguma coisa na mão deles. O nosso pintor, o Claudio, me ajudou pra caramba!
Constava na nossa lista de pequenas pendências tapar um buraco que fora aberto demais para a entrada do rabixo do aquecedor e vedar o tanque com massa iberê.
O primeiro item foi resolvido por mim mesma, usando cimento branco. Pra preparar o cimento basta misturá-lo com água, até formar uma pasta com consistência de doce de leite pastoso. Hmmmm. Dica importante: não adianta querer tapar o buraco de uma só vez com o cimento. Ele acaba quebrando ou não gruda direito. Faça aos poucos. Coloque uma primeira camada. Depois de seco, coloque mais outra. Até chegar ao ponto desejado.

O buraco estava maior do que deveria e o acabamento do rabixo não o tapava por completo. Cimento branco nele!

Agora quase não se vê o buraco.

Já para a vedação do tanque eu precisei da ajuda do super Claudio. A massa iberê precisa ser misturada com um catalisador que vem junto com ela. Depois de misturada, ela seca muito rápido, então é preciso saber exatamente o que você vai fazer com ela e já deixar o ambiente preparado. Colamos fita crepe em volta do tanque, pra não sujar as paredes com a massa, que depois é super difícil de tirar. A vedação foi feita na mão mesmo. Uma espátula ajuda, mas nada como nossos dedos. ATENÇÃO: use luvas. Essa massa acaba com a pele e pra tirá-la da mão depois só com muita águarraz ou pintoff (que é um veneno!)

Massa iberê entre o tanque e a parede - não deixa a água correr atrás do tanque

Evviva nossa cozinha - parte 2!!!

Enfim o post que todos estavam esperando! As fotos dos armários da nossa cozinha!
Mas antes, uma pequena historinha sobre a entrega e montagem dos móveis:
Como nossa obra estava atrasadinha, nem nos ligamos muito no prazo da entrega, mas quando achamos que já estava na hora, ligamos pra Evviva e eles nos deram a feliz notícia de que os móveis já estavam prontos para serem entregues e montados. Chegaram numa sexta e começaram a ser montados na segunda-feira seguinte. Os móveis ficaram lindos, mas a parte da montagem nos decepcionou um pouco. No dia marcado, o montador não aparecia... Lá pras tantas, liguei pra loja pra saber o que estava acontecendo. Depois de telefonemas, descobri que a moto do carinha tinha enguiçado e que ele estava esperando reboque. E eu a ele... Quase na metade do dia, chega apenas o assistente, que começou de pronto a montagem dos armários. Lá pelas tantas ele sentiu falta de uma peça. E lá fomos nós até a loja (só porque fica do lado do apê) esclarecer a situação. Não faltava nada, ele é que não tinha entendido muito bem a planta. Resultado, no meio da tarde, resolvemos dispensá-lo e esperar o montador oficial no dia seguinte. Ele não nos pareceu muito seguro pra fazer a montagem sozinho. Mas achamos um absurdo o tal montador simplesmente não aparecer, porque a moto estava quebrada... Aliás, o pessoal da loja nos garantiu que ele ia ouvir muito!
Dia seguinte, chegaram três carinhas pra continuar o serviço, um deles o tal da moto quebrada. Espertamente, pedi para que meu consultor de assuntos para obras (meu pai) estivesse presente. Eu sabia que poderiam surgir imprevistos. Tudo começou bem, até a hora que foram fixar os armários que ficariam na parede onde tínhamos uma porta escondida. Foi aí que achei que o pessoal da Evviva falhou feio. Em momento nenhum, nos pediram plantas dos canos, fios e o que mais pudesse estar atrás das paredes. A fixação dos armários teria que ser feita, em parte, na tal da porta que resolvemos esconder pra ganhar mais parede, que por azar nossa, era oca. A solução veio do meu pai, atravessar parafusos de um lado ao outro da porta, pra que a fixação ficasse segura. Resultado: como a porta ainda existe no corredor do prédio, ficamos com parafusos feiosos presos nela...

Parafusos feiosos no lado da porta que aparece no corredor

Close nos parafusos

O segundo problema surgiu quando tivemos que prender o nicho do fogão. Burramente naquela parte da parede o pedreiro encheu de canos e fios, inclusive a passagem pro gás (sim, ela poderia ter feito um caminho um pouco diferente. Sempre pode). Tivemos que comprar uma mão francesa pra prender uma das laterais do nicho do fogão, ou então, correríamos o risco de acertar o cano de gás. Outro motivo para colocarmos a mão francesa é que não pudemos usar uma das fixações que a Evviva costuma utilizar na base de seus armários suspensos, pois ela ficaria exatamente na altura do cano de esgoto. Ou seja... Se eles tivessem visto nossas fotos de canos e fios, tudo isso poderia ter sido evitado. Também senti falta de um projetista presente durante a montagem.

Cantoneira normalmente usada pela Evviva para fixar os armários

Mão francesa que usamos pra afastar os parafusos de fixação do cano de gás

No final das contas deu tudo certo e a Evviva já se prontificou colocar uma lâmina de fórmica na frente da porta que ainda existe no corredor, para que os parafusos não fiquem aparecendo. De quebra vamos resolver o problema da porta que não funciona, pois ela não terá mais cara de porta. Em breve mais detalhes por aqui também!
E agora, com vocês, nossa cozinha vermelha com seus armários!!!

Visão da sala para a cozinha

Visão da sala para a cozinha (close)

Atrás desse armário é que fica a tal da porta escondida

Não ficou uma belezura?!

Como rejuntar quinas debaixo do armário

Um belo dia o assistente do pedreiro reapareceu pra rejuntar o chão da nossa cozinha. Isso já deveria ter sido feito há milênios, mas por falta de planejamento os armários da cozinha chegaram e o chão ainda não estava rejuntado. Como os armários são suspensos, achamos que rejuntar o piso depois de instalá-los não seria um problema muito grande. Até descobrirmos que ninguém cabia embaixo deles e que teríamos sérias dificuldades em chegar na quina abaixo do armário de canto.

Canto sem rejunte

Bateu o desespero! Pensei até em chamar o pessoal da Evviva pra desmontarem os armários, só pra fazermos o rejunte. Meu namorido disse que era loucura! Tinha que haver um jeito.

Achei que talvez deixar o canto sem rejunte não seria muito problemático e tratei de ligar para o meu consultor de assuntos relacionados a obras: meu pai. Ele foi logo dizendo que não era legal deixar o chão sem rejunte, porque a água da limpeza da cozinha poderia infiltrar nas paredes. Eu tinha imaginado isso. Mas como meu pai é um excelente consultor, veio rapidamente com uma solução simplérrima: fazer o rejunte um pouco mais aguado e usar um rodo pra empurrá-lo até a tal quina. Perfeito!

Rejunte cinza. Detalhe: o rejunte parece sempre mais escuro quando molhado, ok?

Mas antes de rejuntar, eu precisava limpar o vão entre o piso e a parede. Geralmente a gente faz isso com uma espátula ou uma chave de fenda velha. Mas como eu disse, ninguém conseguia chegar com o braço até lá. Foi então que tive a idéia de prender um prego sem cabeça na ponta de uma ripa de madeira. Assim eu alcançaria o local e poderia raspar o espaço entre piso e parede com o prego. Depois era só passar o aspirador de pó, pra tirar a poeira que saía do vão. Funcionou perfeitamente!

Ferramentas utilizadas: prego na ponta da ripa de madeira pra limpar
a poeira entre piso e parede e rodo pra empurrar o rejunte.

Depois fizemos um rejunte mais aguado, jogamos no chão e empurramos pra quina embaixo do armário. O único erro foi a quantidade de rejunte que o pedreiro tacou no chão. Fez um lamaçal que me consumiu um bom tempo pra limpar.

Depois de seco, embolei um monte de sisal na piaçava da vassoura e saí limpando. Não é que deu tudo certo?

Canto devidamente rejuntado!

Bom, se fosse num local visível, ficaria meio ruim. Não ficou de todo limpinho e bem feito, né? Mas como é no canto embaixo do armário, onde ninguém vai ver, ficou excelente!

Cores

Uma das coisas que nos deu muita dor de cabeça, mas que nos deixou bastante satisfeitos no final, foi a escolha das cores pras paredes do apê. Meu maior medo era perder a claridade do apartamento ao jogar cor nas paredes. Mas uma casa toda branca era tudo que não queríamos.

Mas então, que cores usar? Por mais que você faça um milhão de testes (no final foram 19 latinhas de teste de cor que compramos), você nunca vai saber exatamente como ficará o resultado. Pintar um pedacinho de parede é muito diferente de pintar uma parede inteira. Erros acontecem. Por exemplo, o primeiro azul que usamos o quarto não nos agradou e escolhemos um mais escuro, que o pintor colocou por cima depois. Então, se você não gostar, não se intimide em pedir pra ele repintar (uma graninha a mais pro pintor ajuda), ele já está acostumado.

Ah! Usamos tintas acrílicas da Coral, linha super lavável, acabamento acetinado.

Chega de blábláblá, né? Vamos ao que interessa. Com vocês, nossas paredes coloridas!

Cozinha
Branco gelo com vermelho Hibiscus

Nossa cozinha vermelha vocês já conhecem!

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SALA
Parede mais escura da sala: Névoa do Tenessee
Paredes mais claras: Penas Eriçadas

Reparem na coluna pintada de cor mais escura. Legal, né?

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QUARTO
Branco gelo com Azul Cobalto

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LAVABO
Parede clara: Penas Eriçadas
Paredes escuras: Névoa Roxa

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ESCRITÓRIO
Portas: branco gelo
Paredes: Penas Eriçadas
E o detalhe que eu mais adorei: Névoa Roxa atrás da porta do escritório!

Mão na massa

Chega um momento em toda obra que você olha pra lista de itens que faltam ser feitos e pensa: “Ah! Mais duas semanas e essa obra acaba!” Pois é, venho repetindo esse mantra há mais de um mês... Não adianta, é quando falta pouco que a coisa se arrasta. Você sempre descobre um detalhe que não ficou legal, o pedreiro não tem mais quase nada pra receber e por isso some... O que fazer pra acelerar, então?

Não sei o que os outros fazem, mas eu cansei de esperar e resolvi colocar a mão na massa. Na massa, no rejunte, na lixa, na chave de fenda e por aí foi! Sério mesmo. Comecei lixando algumas paredes e emassando outras. Descobri que massa corrida é muito mais dura do que a PVA. O certo é você preencher com a massa corrida e depois passar uma camada de PVA, pra conseguir lixar melhor depois.

Biboca colocando luminárias e rejuntando canto de parede

Descobri também que rejuntar é fácil, mas acaba com a pele. Eu fiz tudo no dedo, mas tem muito pedreiro que usa havaiana ou rodo pra rejuntar. O ideal é usar luvas, mas quem é que consegue trabalhar de luvas? Ah! Não se espante se eles fizerem um melê de rejunte em volta dos sulcos entre os azulejos. Depois de seco, você dá uma limpada com sisal e tá tudo resolvido. Sai tudim!

Esse azulejo foi rejuntado por mim!

Gostei tanto da história de colocar a mão na massa, que resolvi instalar as luminárias (facílimo) e as tomadas. Mas era tanta tomada que fiquei feliz quando o mestre de obras mandou um assistente pra terminar o serviço.

Dado testando a tomada

No final das contas fica um gostinho delicioso de “também participei efetivamente dessa obra”. Nada mais gratificante que saber que a sua casinha teve um toque seu até na massa da parede, né?

Meti a mão na massa!